No dia 28 de maio, o Fórum Demos e a Cooperativa Árvore vão realizar e 4.º e último debate do ciclo “De Abril a Abril” intitulado “Resistência cultural no exílio”, com a presença de Álvaro Vasconcelos e Irene Flunser Pimentel e moderação de José Emídio.
No exílio, a oposição antifascista envolveu-se numa imensa atividade associativa, editorial e cultural, parte do movimento de resistência que levaria ao derrube da ditadura a 25 de Abril de 1974. Em liberdade, refugiados políticos, desertores, refratários e emigrantes envolveram-se nos grandes debates políticos e intelectuais da revolução cultural dos anos 60, que teve o seu epicentro, em Maio de 68, em Paris. O Portugal do futuro era ali sonhado, desenhado e redesenhado, em solidariedade com os que travavam o seu combate contra o colonialismo. É nesse exílio libertador que José Mário Branco, Sérgio Godinho e tantos outros cantam já o Portugal de Abril, que Vieira da Silva desenvolve a sua Arte, que Maria Lamas e tantos outros continuam a sua obra literária e que Helder Costa cria o Teatro Operário. Qual foi a importância da resistência cultural no exílio? Porque é importante lembrá-la nos 50 anos do 25 de abril?