Oficina Azulejaria de Fachada

22 de novembro | 10:00-13:00 / 14:30-18:30 | Cooperativa Árvore

 

Nesta formação, aborda-se a azulejaria aplicada à arquitetura portuguesa do século XIX e do início do século XX, focando especialmente a azulejaria de fachada e respondendo às questões: “como”, “quando”, “quem” e “porquê”.

A abordagem é interdisciplinar e minimamente aprofundada, cobrindo a análise histórica, a análise artística e iconográfica, os artistas e as fábricas, a integração na arquitetura e alguns dos casos mais interessantes, com recurso à projeção de centenas de imagens de todo o país.

O que mais distingue este curso livre de outras formações sobre azulejaria já realizadas em Portugal, é a particular atenção à azulejaria de fachada, e ao período Romântico, época para a qual existe menos bibliografia, mas sobre a qual temos hoje a perceção de uma maior singularidade da azulejaria portuguesa a nível internacional. Por outro lado, nesta formação, são também sumariamente abordadas as estátuas e os ornatos em faiança e terracota usados para decorar fachadas e jardins (calões de beiral, balaustradas e arabescos, vasos decorativos, pinhas e globos), elementos que se complementam entre si e formam, muitas vezes, conjuntos notáveis.

Os participantes terão ainda um contacto pontual com a atividade de pintura sobre azulejo, em oficina.

 

Conteúdos (7 horas teóricas)

  • O nascimento da azulejaria de fachada;
  • Romantismo e decoração de fachadas – da azulejaria de revestimento aos artefactos cerâmicos para beirais e platibandas;
  • A azulejaria em interiores do período romântico;
  • Evolução da azulejaria de fachada: padrões, influências, fábricas, artistas, centros produtores;
  • Azulejaria romântica em contexto religioso e em contexto publicitário
  • Os padrões tardo-românticos e a influência da Arte Nova;
  • Enquadramento da azulejaria do início do século XX no movimento da chamada “casa portuguesa”, os padrões revivalistas e os pintores de matriz historicista;
  • A conservação, salvaguarda e valorização da azulejaria de fachada e os critérios de aplicação da Lei n.º 79/2017, que interdita a remoção de azulejos de fachadas (salvo em casos devidamente justificados).

 

Destinatários

Guias turísticos; técnicos superiores das autarquias e da administração central nas áreas do Património, Urbanismo e Museologia; historiadores de arte; ceramistas; arquitetos; designers; arqueólogos; docentes de artes visuais; estudantes das áreas supramencionadas; outros eventuais interessados.

 

Valor: 75€ (sócios) | 80€ (não sócios)

 

 Local: Cooperativa Árvore – Porto

 

O formador:

Francisco Queiroz é Doutor em História da Arte pela Universidade do Porto. Foi docente da ESAP durante quinze anos, nas áreas da História da Arquitetura e do Urbanismo. Concluiu o pós-doutoramento no CEPESE, em 2014. Colaborou depois pontualmente com a Universidade dos Açores, como docente convidado nas áreas da História e da História da Arte. Faz investigação desde 1995, tendo como especialização o período Romântico. Fundador do Grupo “Saudade Perpétua”, é atualmente diretor da revista científica “RomantHis” e autor ou coautor de mais de uma centena de comunicações e artigos científicos, e de cerca de quatro dezenas de livros. Várias das suas publicações são sobre a ornamentação cerâmica em fachadas, nomeadamente sobre os seguintes tópicos: padrões, influências, catálogos e mostruários de azulejaria; modos de produção, antigas fábricas de cerâmica e sua salvaguarda; azulejaria em cemitérios; azulejaria romântica figurativa; e azulejaria publicitária. Foi um dos formadores do primeiro curso livre realizado em Portugal sobre azulejaria de fachada (Museu Nacional Soares dos Reis, 2007). Nos anos seguintes, foi o único a dar formação avançada sobre azulejaria de fachada, em Lisboa, no Porto, em Braga, em Ovar, e nos Açores. Foi ainda o coordenador científico do “Repertório fotográfico e documental da cerâmica arquitetónica portuguesa” – projeto de inventariação à escala nacional, realizado entre 2007 e 2011 para o Instituto de Promoción Cerámica (Castellón, Espanha). Foi também o responsável pelos conteúdos histórico-artísticos do projecto “AZULEJAR”, liderado pela Universidade de Aveiro e financiado pela FCT. Concluído em 2013, este projeto teve como parceiros o LNEC, o Instituto Politécnico de Tomar, o CEPESE e a Câmara de Ovar, município onde Francisco Queiroz coordenou o primeiro inventário exaustivo dos ornamentos cerâmicos das fachadas alguma vez realizado em Portugal à escala concelhia (2010-2012). Este inventário contou com a colaboração da “Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões” – atual “Az – Rede de Investigação em Azulejo” (ARTIS – IHA/FLUL), da qual Francisco Queiroz é investigador e, desde 2012, consultor para o século XIX no âmbito do seu projeto estruturante “Az Infinitum”.

 

Inscrição em: https://psfyp9u9.paperform.co

Informações em: cursos@arvorecoop.pt | 222 076 010

 

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