9 de agosto a 20 de setembro de 2025
O Atlântico que nos une
Exposição coletiva luso-galaica
Inauguração: 9 de agosto – 16h00
Sala 1
Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar
y el caballo en la montaña.
Federico Garcia Lorca
Vendo-os assim tão pertinho,
A Galiza mail’o o Minho
São como dois namorados
Que o rio traz separados
Quasi desde o nascimento.
Deixalos, pois, namorar
Já que os pais para casar
Lhes não dão consentimento.
João Verde
Desde tempos em que a memória se perde, podemos afirmar a profunda ligação entre Portugal e a Galiza. Particularmente, o Norte de Portugal, pelas razões naturais de geografia e de identidade cultural, manteve e alimentou um permanente contacto de proximidade, com o Povo Galego, com a sua história, a sua cultura e até a sua economia.
A língua, em primeiro lugar, a história e a cultura são os laços mais fortes, num conjunto de formas de expressão artística, desde a literatura, até às mais diversas artes, cujas raízes remontam a tempos medievais, expressas, por exemplo, na tradição trovadoresca que estes povos e regiões partilharam, assim se celebrando estas duas identidades – galega e portuguesa – de uma forma fraterna e profunda. Quantas regiões do mundo poderão contar a História de Pedro e Inês?
Ela, vinda da Galiza; ele, rei de Portugal.
E, para além da Terra, o Mar. O mar que sempre partilhámos.
As tempestades, os ventos, a riqueza que do seu ventre retirámos, mas também a sua cólera, a sua força e a dor, por si causada, com que tantas vezes nos confrontámos.
São doze artistas que aqui reunimos: seis portugueses e seis galegos. Doze personalidades diferentes, na sua expressão e na sua forma de ver o mundo, que são também mais um exemplo desta partilha do viver e do sentir que nos caracteriza e também nos une de uma maneira profundamente fraterna.
José Emídio
Presidente do Conselho de Administração
Artistas convidados:
Antón Sobral
Desenvolve dende o ano 1968 máis de duascentas mostras en toda Galicia. A partir do 1995, expón no Kulturmodell en Passau, Alemaña. En 1996 expón no Museum Kloster Asbach, Alemaña. No 1997 expón nos “Rencontres Européennes” en Francia, nos Salóns de l’Hôtel de Ville de Allones, e nos Archives Départamentales en Mayenne e no l’Espace Méduane en Laval e na Chapelle du Genéteil en Chateau-Gontier ou na Mairie & Fetes de Jublais en Francia. No 1998 expón na Akademie der Bildenden Küste en Munich, Alemaña. E no 1999 expón no Salón Blanco do Convento de San Francisco de La Habana (Cuba). No ano 2000 en Milán (Italia). No 2001 expón no Instituto Cervantes de Viena. No vran de 2006 expón en Nova York. É o coordinado xeral da 32 Bienal de Pontevedra 2025
Chelo Rodríguez
Nace en O Porriño (Pontevedra) donde inicia su formación pictórica. Su obra nos introduce en sus espacios interiores, habitados por realidades no aparentes. El resultado es una propuesta caracterizada por una fuerte impresión de luz sobre los elementos inertes de su realidad pictórica. Nos presenta el espacio como metáfora. Son esos espacios propios en los que la artista nos acerca la autenticidad de su trabajo en un diálogo entre vida y creación. “No hay aquí respuestas sino, una invitación irrenunciable a la pintura de Chelo Rodríguez, la artista que decide internarse en su propio cuarto para poner orden en ese caos propio de toda conciencia que se rebela contra las circunstancias y los elementos que le impiden ser. Una forma autónoma que, además de representar miméticamente objetos y arquitecturas, no quiere ser, de ningún modo, un sustituto de lo real sino un espacio simbólico para la imaginación y encuentro con lo que no se ve y que, por ello, existe gracias a lo que vemos”.
Cristina Fernández Núñez
Natural de Vigo (1971) y licenciada en Bellas Artes por la Universidad Complutense de Madrid. Directora de academia de Dibujo y pintura desde 1995. Compagina su labor docente con la creación artística, realizando exposiciones anualmente y colaborando con diversas galerías de arte contemporáneo, actualmente con la galería Dupla en Santiago de Compostela. Participa en diversos certámenes de pintura en España. Su trabajo artístico se centra en la pintura. Sus paisajes en movimiento suelen ir acompañados de referencias literarias, y con ellos nos sugiere el paso del tiempo, la ventana del tren. Enfrenta la naturaleza y arquitectura , lo real con lo ficticio y retrata lo cotidiano.
David Pessegueiro
Nascido em 2001, reside atualmente no Porto, mas viveu e estudou parte da sua vida em São João da Madeira. Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto, encontra-se de momento a completar o mestrado na mesma área e instituição. Nutriu desde cedo a paixão pelas artes, pronunciando-se na música – intrínseca ao seu ato criativo –, na fotografia enquanto parte do seu quotidiano, bem como, no desenho e pintura, onde mais profundamente se expressa. Com um passado ligado à street art, a exploração do ambiente urbano reflete-se no interesse pela poética da transitoriedade e da ruína. Atualmente, explora dimensões ligadas ao espaço, corpo e natureza, numa procura por momentos de liminaridade, onde a figuração se dissolve.
Eva Tarrío
Nace en Vigo, en 1972. Doctora en BBAA por la universidad de Salamanca. Trabaja junto a Antón Castro en la coordinación del proyecto de la Illa de Esculturas de Pontevedra. Realiza exposiciones tanto en Galicia, como en el extranjero, paralelamente a comisariado de proyectos artísticos y labor como docente. En sus obras indaga sobre el terreno de las emociones. En sus obras parte de una reflexión, de la necesidad de visibilizar lo invisible, como el alma que subyace en todo lo que nos rodea. Su obra invita a replantearnos nuestra propia existencia de una manera más consciente y crítica, demandando un espectador más activo y comprometido. Asume su trabajo desde una órbita reflexiva y profunda para situarnos frente a frente con una revisión emocional que resulta ser el camino detonante. Su escultura O mar habitado ha sido colocada en la Avenida Castelao de Vigo, en mayo de 2024.
Evelina Oliveira
Natural de Abrantes. É Mestre em Ilustração Artística pela Universidade de Évora e obteve a Pós-graduação – Especialista em Ilustração pelo ISEC, Lisboa. Curso de História da Ilustração na FBAUL. Vive e trabalha no Porto, dando regularmente formação em workshops de Pintura, Desenho, Técnicas de Impressão artesanais e Ilustração Artística em bibliotecas, escolas e museus. Professora convidada pela ESAD, onde lecciona a disciplina de Auto-Edição e Serigrafia, no curso Pós-graduação em Ilustração e Animação Digital. Ilustrou diversos autores nacionais e estrangeiros, nomeadamente Nicolai Gogol, Monteiro Lobato, Mário Cláudio, Adélia Carvalho, Valter Hugo Mãe, José António Gomes, José Jorge Letria, Alice Vieira, Manuel Jorge Marmelo, Mariana Jones, Nuno Higino entre outros. Galardoada com Merit Award no Concurso Internacional de Ilustração iJungle Illustration Awards em 2022, Menção Honrosa – 1.º prémio de pintura de pequeno formato. Alhos Vedros em 2003, 1.º Prémio – Prémio Afonso Madeira, III Bienal de artes plásticas da Moita em 2007 e Prémio Revelação III Bienal de Artes Plásticas da Moita.
Jose Molares
Natural de Vigo (1961), es escultor autodidacta. Comienza a modelar barro en los años ochenta, alcanzando en poco tiempo gran dominio y técnica. Dedicado casi exclusivamente a la figuración, sus obras, de gran expresividad y realismo, reflejan su gran pasión por la figura humana al igual que su vinculación al mar y a su tierra, Galicia. Sus rostros en gran formato identifican su discurso creativo actual, invitando al espectador a explorar y sumergirse en las emociones más profundas. Ha realizado numerosas exposiciones tanto individuales como colectivas, encontrándose una parte significativa de su obra en colecciones privadas nacionales e internacionales.
Luísa Gonçalves
Natural do Porto (1949), Luísa Gonçalves é escultora e professora, com um percurso artístico e pedagógico notável. Formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e foi docente na Escola Artística Soares dos Reis durante mais de três décadas. Recebeu bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian e participou em projetos inovadores no cruzamento entre arte, vídeo e música, colaborando com o compositor Cândido Lima. Expôs individual e coletivamente em Portugal e no estrangeiro. Ligada à Cooperativa Árvore, onde foi coordenadora de cursos e viagens culturais, é autora de obras visuais e educativas de relevância. Recebeu vários prémios e distinções ao longo da sua carreira.
Manuela Pimentel
Nasceu no Porto, em 1979. Licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior Artística do Porto [2003]. O seu trabalho desenvolve-se em diferentes áreas e práticas artísticas como a pintura, o desenho, a cenografia e o vídeo. Foi distinguida com o prémio ESAP do Curso Superior de Artes Plásticas [2004]. Foi distinguida com o 1.º prémio de Pintura Servartes – Corpo em expressão [2007]. O seu trabalho está representado em distintas coleções públicas e privadas. Representou Portugal com a Instalação Iberian Suit: Installation – A Journey of Imagination no Kennedy Center (Washington D.C., EUA) [2015] e na Biennale Internazionale d’Arte, Sant’Antioco – (Sardenha, Itália) [2015]; foi convidada pelo Museu Afro Brasil em São Paulo para integrar na exposição Barroco Ardente e Sincrético com curadoria de Emanoel Araújo [2018]. Tem desenvolvido diversos projetos em parceria com outros artistas, destacando as intervenções em Cenografia para Teatro e Cinema. Em 2013, fundou o projeto C A I X A arte contemporânea com o Artista Plástico JAS, onde desenvolvem projetos coletivos e individuais. O seu trabalho tem sido também exibido noutros países: Brasil [São Paulo / Rio de Janeiro], Estados Unidos [Washington D.C.], Itália [Roma / Sardenha]; Moçambique [Maputo]; Espanha [Madrid], entre outros. Expõe individual e coletivamente desde 2001.
Rosa García
Licenciada en Bellas Artes por la Universidad de Barcelona, Máster en Creatividad por la Universidad de Santiago de Compostela y Master de Investigación en artes Visuales y Educación U.B. Su actividad artística la comparte con la docente en la Escuela de Artes y Oficios de Vigo. Ha participado en numerosas exposiciones, individuales y colectivas y en ferias de arte en España y Europa, así como en proyectos artísticos y culturales. Su obra fue seleccionada en certámenes y galardonada con el Premio a la Producción de obra gráfica XXIV premios Nacionales de Gravado del Museo del Gravado Español Contemporáneo y, recientemente, el Premio Pedras de Santiago del XVI PREMIO ATLANTE DE GRAVADO.
Rui Aguiar
Rui Aguiar nasceu no Porto em 1944 e estudou na Escola Superior de Belas-Artes da cidade. A sua pintura caracteriza-se por uma linguagem próxima do lirismo abstrato, recorrendo frequentemente a formas orgânicas, manchas e jogos de transparência que evocam atmosferas poéticas e contemplativas. É também conhecido pelo seu trabalho como ilustrador. Tem participado em várias exposições nacionais e internacionais, com obras em museus, câmaras municipais e coleções particulares. É cooperador da Cooperativa Árvore, com a qual mantém uma longa relação, tendo exposto regularmente nas suas galerias e colaborado com diversas iniciativas artísticas promovidas pela instituição.
Rui Anahory
Escultor nascido em Vila Nova de Gaia, em 1946, Rui Anahory formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Desenvolveu uma obra sólida no domínio da escultura pública, com especial destaque para monumentos evocativos, de grande rigor técnico e expressividade simbólica. A sua produção artística é marcada pela atenção à forma e à memória coletiva, tendo obras espalhadas por todo o país. Foi docente e desempenhou um papel relevante na formação de novas gerações de artistas. Cooperador da Árvore desde os anos 1970, Anahory tem participado em diversas exposições da instituição, contribuindo para a sua afirmação como centro de criação artística no Porto.